Sunday 2 October 2011

Somos Todos Companhias Abertas

Existem companhias, as ditas “abertas”, que são aquelas que promovem a colocação de valores mobiliários em bolsas de valores ou no mercado de balcão; as ações constituem-se em um desses tipos de valores mobiliários: são títulos de renda variável emitidos por uma Companhia e que representam a menor fração do capital daquela que o emitiu. Aquele que adquire ação de uma companhia passa a possuir uma parcela representativa da mesma. As pessoas adquirem ações pelas mais diversas razões.

Somos comparáveis a uma companhia aberta: o próprio nome “Companhia” faz pressupor que ninguém pode vir a ser nada sozinho, sendo necessária a participação de terceiros. Essa relação se dá pelas mais variadas razões e das mais diversas formas. O nível de interesse e volume de busca por essa participação varia de acordo com as ações que emitimos: tudo aquilo que fazemos e dizemos é uma parcela representativa de nós mesmos. Uma ação não se constitui no intrínseco “eu”, mas o representa.

Diversos são os motivos que levam alguém a se interessar em ter uma participação representativa numa companhia aberta. Por semos comparáveis à companhias abertas, na companhia chamada “EU”, aqueles que possuem participação em nossas vidas podem ser, por que não dizer, nossos acionistas. Tal como nas companhias, os acionistas que podem vir a ter participação em nossas vidas possuem "perfis":

• os ditos “aventureiros”, que se interessam apenas em novas e diferentes experiências;

• os que participam apenas por interesse e abandonam tudo uma vez que ouvem rumores de oscilação; exemplos são aqueles “amigos” interesseiros que estão ali apenas enquanto estão sendo beneficiados por alguma coisa, mas saem e nos abandonam nos maus momentos;

• aqueles que tiveram até uma boa convivência nos tempos que possuíram participação mas deixaram de ter participação em nossas vidas por circuntâncias alheias à nossa vontade;

• os melhores acionistas: possuem identificação com a companhia e gostam dela incondicionalmente da: os que "fundaram", ajudaram na estabilização e aperfeiçoaram; jamais mudam de idéia: o apoio é incondicional, não importa a situação: são acionistas marcantes, que gostam da companhia e confiam plenamente em seu potencial.


Sobre o funcionamento e administração da companhia: as companhias possuem em sua estrutura um Conselho de Administração, que é um órgão com função deliberativa. O Conselho deve realizar uma administração prospectiva, e não reativa. Decisões precipitadas ou equivocadas podem vir a causar dano à imagem da Companhia.

Na companhia aberta chamada “EU”, o Conselho de Administração possui dois membros: um chamado “mente” e outro chamado “coração”. A mente age com racionalidade; busca o óbvio, as soluções lógicas e livres de sentimentos. Já o coração age, por muitas vezes, sentimentalmente. Pode, por vezes, tomar decisões deixando-se levar pela circunstância. São opostos que se completam. Por isso, jamais devem agir individualmente: as decisões a serem tomadas devem ser pautadas sempre quando estão em sincronia.

Agora deixo um conselho: valorize as ações de sua emissão. Paute-se na racionalidade, mas jamais abandone o sentimento, o instinto que te guia, a capacidade advinda de teu interior. Relacione-se com teus investidores da melhor forma possível: transmita confiança, tome as atitudes certas e, assim, que gere credibilidade. Mas que você tenha, porém, coragem para admitir os teus erros. Assim serás uma companhia de destaque!

by Hitalo Viana

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